22/12/2008

TEM MENTIRA QUE É VERDADE E VERDADE QUE É MENTIRA.


Vaticano - 15h39 - O papa Bento XVI recebe os pedidos de Natal de cardeais na Sala Clementina. Em discurso na Cúria, a administração central do Vaticano, o Pontífice disse que "salvar" a humanidade do comportamento homossexual ou transexual é tão importante quanto salvar as florestas do desmatamento. (TERRA NOTÍCIA).

QUE MARAVILHA!!! NÃO TEREMOS MAIS A RELIGIÃO CATÓLICA ENTRE OUTRAS REEEEEEEEEEEEEEEEEE EBAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA. OS PADRES IRÃO SE CASA E TER FILHOS LINDOS E NORMAIS, DIVINAMENTES CRIADOS POR DEUS SE A INTERVENÇÃO DO FEIOSO.

11/12/2008

meiose.

e lá estava ela tão linda e tão segura de suas convicções.
e lá estava ele tão ele e tão silêncioso.
e aqui estou eu vendo os dois.
mais as convicções mudaram.
o tempo e a vida mudaram minha convicções.
mais como a humanidade muda não é verdade?
e como a globalização real faz falta.
direitos humanos só por debaixo dos panos.
não se muda os homens dentro de armários de ideias fechadas.
pode haver amor na babilônia?

26/11/2008

amy, amy, amy


24/11/2008

definitivamente, o ademir apavora:

Neste Brasil imenso
Quando chega o verão,
Não há um ser humano
Que não fique com tesão.

É uma terra danada,
Um paraíso perdido.
Onde todo mundo fode,
Onde todo mundo é fodido.

Fodem moscas e mosquitos,
Fodem aranha e escorpião,
Fodem pulgas e carrapatos,
Fodem empregadas com patrão.

General fode Tenente,
Coronel fode Capitão.
E o presidente da República
Vive fodendo a nação.

Os freis fodem as freiras,
O padre fode o sacristão,
Até na igreja de crente
O pastor fode o irmão.

Todos fodem neste mundo
Num capricho derradeiro.
E o danado do Dentista
Fode a mulher do Padeiro.

Parece que a natureza
Vem a todos nos dizer,
Que vivemos neste mundo
Somente para foder.

17/11/2008

lei x liberdade

Projeto sobre crimes praticados pela internet recebe críticas

Projeto de Lei 84/99 já foi aprovado pelo Senado

Especialistas e parlamentares criticaram na Câmara, nesta quinta-feira, o Projeto de Lei 84/99, que define condutas criminosas na internet. Eles consideram que a proposta pode restringir a liberdade dos usuários das redes digitais. Participantes da audiência pública das comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado ressaltaram que a redação da proposta, já aprovada pelo Senado, vai dar margem a uma interpretação da lei que proibirá condutas corriqueiras dos internautas, como, por exemplo, a transferência de músicas de um CD para o Ipod, somente para uso pessoal.

o resto, aqui.

12/11/2008

e quando apreendemos o gosto da margem?
e porque não criarmos, cada um de nós, nossas próprias mitologias?

05/11/2008


30/10/2008


e vai no lombo do cavalo galopando pelo espaço, salve a agricultura celeste!
O homem fez a modernidade, intensificou o progresso, construiu.

Agora perdeu a conhecimento sobre seu trabalho
Vive de sopros de esperança e migalhas alheias
Pensa ser melhor que o outro
Perdeu o controle de seu próprio tempo
De sua própria vida
Segregou crianças e idosos
Aprisionou negros, turcos, muçulmanos, judeus, mulheres, homossexuais, indígenas, diferenças,...
E pensando estar livre condenou sua espécie a total decadência
Pior, condenou o planeta e até o inocente.

Em nome da modernidade o ser dito humano tornou-se um poço de vaidade
Pensa ter o controle de si, não vê a farsa em que vive
É obstinado pelo sucesso futuro, então esquece de ser feliz no agora
Criou códigos de condutas morais e sociais que o impedem de ver além
Subestima quem lhe parece contrário, se sente no direito de julgar, de condenar, de excluir, de humilhar, de bater, de prender, de ofender, de guerrear, de combater tudo o que não lhe é cabível em seu próprio universo particular

Então o branco condena o negro, o negro condena o branco
Os americanos condenam os africanos e os americanos a outros americanos
Os europeus condenam os asiáticos e os asiáticos os europeus,
O ocidente recria o oriente, e o oriente recriar o ocidente
O rico ofende o pobre, estes criam formas de dar o troco
Os pais tutelam os filhos, em compensação estes se tornam adultos inseguros e Patéticos
Os professores impõe o conhecimento, os jovens ignoram, bocejam nas aulas
O sacerdote amedronta falando do inferno, do mal e os religiosos deixam de ir ao templo para viver sem dor na consciência
A sociedade reprime o sexo, e assim homens e mulheres se casam e são infelizes para não contrariar, mantém uma vida em função do trabalho e em adquirir bens materiais. Em compensação seus filhos se tornam jovens prepotentes e injustos.

O homem criou a modernidade, e em seu nome afundou-se na bipolaridade, ou é bom ou é mal, ou é idôneo ou é bandido, ou é melhor ou é pior que outrem, e assim segue, sem conseguir libertar-se de suas próprias amarras, sem consegui pensar uma alternativa, deixando a moral sufocar seus próprios desejos.

E assim segue...modernizando...

28/10/2008

sobre rebanhos e direitos, 2

rebanhos que conhecem ainda que somente seus pastores e que querem ignorar o comércio deles com os carniceiros, vocês são desculpados por apedrejar aqueles que humilham e que os perturbam, falando-lhes de seus direitos.

sobre rebanhos e direitos

bX-hbz0bj

26/10/2008

balão-arte


23/10/2008

Imperativo há que ser
um para muitos amontoados.

Traga seco a natureza,
põe cabresto serrado
sobre o monte acomodado.

É com látego a voz,
quem reclama é marcado.

Atento contém no silêncio,
a contumácia do poder,
sob a égide da destreza
disciplina a astúcia.

O zunido que ecoa,
só divide mal hábito.

É lascivo e voraz,
de boca cheia: liberdade!

Imperativo há que ser.
De fronteiro vem a ordem:
Vá, e faça!

21/10/2008

jean michel basquiat





12/10/2008

monstros de pureza ou, quem nos protegerá dos puros?

Tirado da coluna "Ponto de Fuga", da Folha de São Paulo de hoje:

"Oswaldo Martins, especialista em literatura erótica, é também poeta. Um ou outro de seus poemas, em livros e no blog http://osmarti.blogspot.com/, contém palavras mais fortes. Alguns elaboram desejos físicos de maneira delicada e sem evidência imediata. O blog é inteligente, carregado de amor pela literatura; os poemas são bons. Essas qualidades bastaram para que a Escola Parque [no Rio], em que Oswaldo Martins lecionava português, o demitisse, como contou, no domingo passado, o Mais!. A miopia moralista da escola, dos pais, de "psicólogos e juristas" evocados no texto, miopia que desencadeou o caso, assusta pelo "obscurantismo e a certeza dos censores", na expressão do próprio professor despedido. Censura e obscurantismo, no caso, não são singulares e episódicos. Eles se inserem na mentalidade de nossos tempos regressivos, marcados por puritanismos, por fundamentalismos religiosos, pelo maniqueísmo das convicções, pelo gosto doentio em patrulhar, controlar, vigiar e punir. É bem difícil lutar contra tudo isso porque essas manifestações se fazem com parcimônia, gota a gota, disfarçadas, em nome de álibis austeros. Aqui, trata-se de proteger as crianças, que, como todos sabem, são anjinhos imateriais, feitos de etérea e cândida substância, não de carne e osso. Mas quem os protegerá, e a nós todos, do mal que existe na cabeça desses educadores, desses pais, desses psicólogos e juristas, que nunca disseram um palavrão, que estão incólumes de pulsões pecaminosas, e que, senhores da moral, transformaram-se em juízes? Quem nos protegerá dos puros?"

11/10/2008


09/10/2008


07/10/2008

Definindo Inteligência ui!!! que medo.


sabemos que a inteligência é algo exclusivamente humano.
somos super dotados de conhecimentos, capazes de muitas coisas entre elas a inteligência.
eu comi a minha vida toda pedaços de inteligência e me acostumei com o pouco que tinha pra comer.
eu aprendi que a inteligência de ser médico e uma coisa mais humano do que a inteligência de advogado.
eu acho que a inteligência de ser psicólogo é bem legal, pois ajuda inteligências doentes ou cansadas, afinal inteligência é algo que serve pra isso mesmo ser-mos inteligentes ao ajudar-mos uns aos outros, que legal a inteligência.
as pessoas sempre dizem: estuda pra você ser uma pessoa inteligente.
pois, é bom ser inteligente.
só assim é que somos gente?
e´algo bem parecido com ser rico, não que seja necessário ser inteligente, pois tem gente que ainda votou no Fernando Collor de Melo, mesmo depois dele ter sido o presidente do Brasil.
E falando em Brasil, essa coisa como todo país, não sei se o Brasil sou eu , ou um amontoado de pessoas desorganizadas entre seus amados desejos ou se o Brasil é um amontoado de limites territoriais, povos e tribos.
Então, sei lá cada um tem um inteligência diferente referente ao Brasil, tem gente que não diria que aqueles que tem pouca inteligência não são brasileiro.
É complicado, brasileiro não é nordestino com certeza?
por que nordestino esta meio lá, existe uma certo ar de sobre você.
mais vamos deixar pra lá assim como catarinense não é curitibano brasileiro.
existe uma inteligência colectiva bem legal.
eu não me definiria como brasileiro sendo que tantos aspectos me definem
um desbrasileirado.
tipo eu não me imagino brasileiro, pois não sei se estava peladinha quando uns carrinhas lá de bem longe deram o nome desse atual Brasil.
eu diria que ser brasileiro é muito mais coisinha de migração.
tipo assim: dizem que somos humanos, mais sei lá veio uns humanos bem estranho treparam com humanos não humanos e fizeram uma nova raça de humanos e nós estamos hoje discutindo migração, que porra eu sou afinal.
eu ficaria bem feliz se esse coito tivesse acontecido no meio do oceano só assim eu poderia ser chamado de atlântico coitado.
algum entende que ser daqui implicar em ser de fora daqui.
cara tem gente que fala demais de raízes mais nem sabem que porra é essa, não sabe de que raíz coital veio.
você já parou pra pensar como surgiu essa coisa chamada Brasil.
sei lá, é bem complicado se enaltecer .
eu amo ser brasileiro, não é verdade.
Eu diria que os verdadeiros brasileiros estão ai, cada dia mais sufocados em pequenas porções de terra sendo destroçados pela modernidade.
ta bom você nem sabe definir cultura, deixa pra então você é um coito rejeitado da migração.
ai tá bom assim.
odeio escrever...

VOTO=CALADO

ai que alivio,
que paz,

que descanso para meus ouvidos,
que
descanso pra meu celebro desgastado de tantos salvadores,
alegrei-me quando se deu os últimos gritos da democracia,
que sempre geme e gemia.
eu me sinto meio incapaz diante deste objeto opinativo.
gente ele adora dá ordens.
você só digita qualquer coisa, e ai!
deu .
isso é muito lindo, lindo demais.
não me diz que você não acha isso iradooooooooooooo meu!!! eu adoro a democracia.
e ai deu . acabouooooooooo é só digita e ai deu.




05/10/2008


obrigado a votar, por alberto lins caldas

ser obrigado a votar (não é votar), obrigado a opinar (não é opinar), a fazer parte (é não fazer parte), obrigado a escolher (não é escolher), obrigado a compartilhar (não é compartilhar), obrigado a ir a uma urna (tumba da liberdade), obrigado a todo um conjunto ridículo e torturante do espetáculo dessa "democracia" ridícula, é não saber o que é democracia nem o que é viver em uma. todas as obrigações (votar, alistamento, alfabetização, fumo, prostituição) são sintomas explícitos de uma semi-ditadura (são a maneira inventada pelos brasileiros para exercerem uma ditadura sem parecer: todos os ditadores entre vocês são "presidentes da república"), de um fascismo de imaginário e comportamento, de pressão dos poderes contra as mais elementares liberdades conquistadas tão arduamente e com tanta ingenuidade e sangue.

Alberto Lins Caldas

01/10/2008


o caminho da porcaria, vol.1


never forget where you came from.

27/09/2008

O ovo

No ninho da galinha os ovos serão chocados. Cada pinto desenvolve o que chamam de vida, a centelha que lhes fara seres. A clautrofobia que vem no gen de cada um os fará quebrarem as cacas onde ficaram prontos para virem à luz. E, daquela ninhada de dez ovos, um não vingou. O pinto dentro do ovo desenvolveu não a claustrofobia salvadora, mas a síndrome do pânico. Um medo de sair do ovo que suplantava sua vontade de estourar para a vida. A galinha, com seu instinto maternal, quebrou a casca e retirou a fórceps o pinto que por si não quebrou o ovo.
O pinto, apavorado, se meteu dentro de um vaso quebrado do lixo do quintal e se recusava a zanzar pelo quintal.
Um veterinario sensível poderia intuir o mal. Mas, é um caso para um terapeuta, só que a galinha não sabe disso.

por Nani, no livreto "Humor politicamente incorreto".

23/09/2008















eu construi meus sonhos e os enterrei nas cavernas.
deixei eles presos aos meus desejos
os escondi nas minhas magoas,
os prendi nos meus medos,
fugi deles e os deixei cansados e solitários.
não me fechei para eles?
são eles meus males minhas agruras,
sentimentos sufocados.

eu tenho bem pouco dinheiro para realiza-los,
mais eu vejo coisas!
assim como a noite é a dama do descarrego e senhora das ilusões.

elas é tambem noite dos sedentos fugitivos.
se o dia não me deixa ser ou viver, sempre com sua língua e seus olhares capciosos.
o que me satisfaz o que me deixa realizado.
não tenho dinheiro pra isso mais continuo sendo uma fugitivo do dia.
e assim como muitos eu posso dizer encontrei minha alma gemia,
ali logo depois do sol esta minha acalentadora e amada.
eu te amo pois teu amor é desigual.
já vi os raios do sol e sua mania de saber onde esta o estranho da escuridão.
eu estou noivo não ta vendo.
e você!!!
tem alguma razão sobre o quanto você é igual.

21/09/2008

fábrica de sonhos

da janela da minha goma deu pra ouvir, durante todo o sábado e domingo, um evento católico carismático urrando as verdades verdadeiras da religião perfeita. enfim, quem é contra vai arder nas chamas do inferno. levanta a mãozinha, dá um sorrizinho, balança a bundinha e grita aleluia. abraça teu amigo do lado, diz pra ele que aceite jesus senão ele vai se fuder aí... quem aceitou jesus dá um grito! quem se salvou dá um grito! quem está feliz dá um grito!
o monopólio da graça, como qualquer monopólio produz montros, mortes e ignorância. porque tanto medo da experiência?
mas afinal, qual é o teu critério de normalidade? sim, o que te faz diferenciar o normal do anormal, o certo do errado, o agradável do condenável?
e, afinal, porque temos que possuir desejos tão parecidos? sempre em bandos, e na maioria das vezes em rebanhos, vigiamo-nos uns aos outros? o convívio deve ser facilitado e se tivermos o mesmo perfil tudo se tornará mais fácil, não é?
perdemos a individualidade - o medo e os critérios esmagam, ameaçam o milagre da personalidade.
e, afinal, quais os teus critérios para julgar-me errado? a revista caras? o encarte de promõções do jornal? o jornal? o que o povo está comentando? a moral? a religião? o mercado?
essa gente é toda igual: conhece um, conhece todos. religiosos são sempre iguais, independentemente do ponto do globo - a religião, ou o fenômeno religioso preza o papel de monopolizar a experiência mística. conduzí-la, formá-la enfim. as grandes cidades também são todas iguais, funcionam da mesma maneira. chamam isso de modernidade, democracia, globalização, a maneira certa, etc. FÁBRICA DE SONHOS.
sonhos outros são demonizados. sempre demonizados, em maior ou menor grau e velocidade.
é necessário compartilhar. isto é deus. porque os caminhantes, os viajantes, os nômades são o demônio? qualquer busca individual é demônio? por este motivo a arte sempre precisou ser controlada. perseguida, censurada, ignorada, fabricada, incentivada, criada, etc. - FÁBRICA DE SONHOS.
o artista cria sonhos, é um pequeno deus. mas também um pequeno perigo. novas percepções sempre são, ainda que potencialmente, novos perigos. diga-me com o que sonhas e te direi quem és. e tenho dito.


20/09/2008

ligou é sucesso


12/09/2008

vários tambores

"Por que deveríamos estar tão desesperadamente apressados para ser bem-sucedidos e em empreendimentos tão desesperadores? Se um homem não acompanha o passo de seus companheiros, talvez seja porque ele ouve tambores diferentes. Deixe-o marchar de acordo com a música que ouve, por mais compassada e distante que seja."

H. D. Thoreau

mutações contemporâneas da palavra rebelde











































vontade


08/09/2008

zeitgeist, o filme. acredite se tiver coragem.




Zeitgeist, the Movie é um filme de 2007 produzido por Peter Joseph (pseudônimo de James Coyman) da GMP LLC, que apresenta uma série de teorias de conspiração relacionadas ao Cristianismo, ataques de 11 de setembro e a Reserva Federal dos Estados Unidos da América. Ele foi lançado online livremente via Google Video em Junho de 2007. Uma versão remasterizada foi apresentada como um premiere global em 10 de novembro de 2007 no 4th Annual Artivist Film Festival & Artivist Awards.


Chögyam Trungpa Rinpoche: "A espiritualidade é um termo específico que na verdade significa lidar com a intuição. Na tradição teísta há a noção de apego a um conceito. Um certo ato é considerado como não aceitável para um princípio divino. Um certo ato é considerado aceitável para o divino. Na tradição do não-teísmo, no entanto, é bastante direto que os casos da história não são particularmente importantes. O que é realmente importante é o aqui e o agora. O agora é definitivamente agora. Nós tentamos viver o que está disponível ali no momento. Não faz sentido pensar que existe um passado que poderíamos ter agora. Isto é agora. Este precioso momento. Nada místico, apenas "agora", muito simples, direto. E desse "agora", contudo, emerge sempre um sentido de inteligência de que estamos constantemente em interação com a realidade, um por um. Lugar por lugar. Constantemente. Nós na realidade vivemos uma fantástica precisão, constantemente. Mas nós sentimo-nos ameaçados pelo "agora" e saltamos para o passado ou o futuro. Prestando atenção aos bens materiais que existem na nossa vida, esta vida rica que nós levamos, todas as escolhas tomam lugar a todo o momento, mas nenhuma delas é considerada boa ou má, porque se todas as coisas que vivemos são experiências incondicionais, elas não vêm com uma etiqueta dizendo "isto é considerado mau" ou "isto é bom". Mas nós vivemo-las mas não tomamos a atenção devido a eles. Nós não damos conta que vamos a algum lado. Nós consideramos isso um incômodo. Esperar pela morte. Isso é um problema. É o não confiar propriamente no "agora", que aquilo que vivemos agora possui muitas coisas poderosas. É tão poderoso que nós somos incapazes de o enfrentar. Consequentemente, temos que emprestar do passado e convidar o futuro a todo momento. E talvez seja por isso que procuramos a religião. Talvez seja por isso que andamos na rua. Talvez seja por isso que nos queixamos à sociedade. Talvez seja por isso que votamos nos presidentes. É bastante irônico... Na verdade muito engraçado."


Jordan Maxwell: "Quanto mais você começa a investigar aquilo que pensamos conhecer, de onde viemos, aquilo que pensamos estar fazendo, mais começamos a perceber ao que estamos submetidos, estamos submetidos a todas as instituições. O que te faz pensar por um minuto, a razão pela qual a Religião foi a única instituição que até hoje nunca foi "tocada"? As instituições religiosas sempre estiveram na base de toda a porcaria deste mundo. As instituições religiosas são postas neste mundo, pelas mesmas pessoas que governam a sua vida e a sua educação corrupta, que preparam cartéis de bancos internacionais. Porque nossos “Mestres” não dão a mínima para você ou sua família. Tudo com que eles se preocupam e com o qual sempre se preocuparam é em controlarem esse mundo inteiro. Nós fomos desviados da verdadeira e divina presença no universo que os homens tem chamado de "Deus". Eu não sei o que Deus é. Mas tenho certeza do que Ele não É. E até que esteja preparado para olhar para a realidade, ir até onde for preciso, independentemente de onde nos possa conduzir, mesmo que queira enfiar a cabeça na areia ou jogar no time que está ganhando, chegará um ponto em que irá descobrir que tens brincado com a justiça divina. Quanto mais você educa sua mente, mais você compreende as origens de tudo mais óbvios se tornam os fatos e mentiras surgem por todos os lados. Você tem que saber a Verdade, procurar a verdade e ela te libertará."


"Eles devem achar difícil... Aqueles que tomaram a autoridade pela verdade, em vez da verdade pela autoridade." (G. Massey, egiptólogo)


George Carlin: "Se tratando de enrolação, a maior conversa fiada de todos os tempos, você tem que tremer um pouco e concordar. O campeões de todos os tempos no que diz respeito a falsas promessas e exageros é a Religião. Pensem um pouco. A Religião definitivamente convenceu as pessoas que há um homem invisível que mora no céu que vigia tudo o que você faz, todos os minutos do seu dia e o homem invisível tem uma lista especial de dez coisas que ele não quer que você faça e se você fizer quaisquer destas dez coisas, ele tem um lugar especial, cheio de fogo, fumaça, queimaduras, torturas e sofrimento, para o qual vai te mandar para viver, sofrer, arder, sufocar, gritar e chorar para todo o sempre até ao fim da eternidade... mas ele te ama! Ele te ama... e precisa de dinheiro! Ele sempre precisa de dinheiro! Ele é todo-poderoso, sabe tudo e tem tudo, mas de alguma forma... precisa de dinheiro! A Religião lida com bilhões de doláres, não pagam impostos e precisam sempre de um pouco mais. Agora, contem-me uma enganação maior que essa... enrolação sagrada."


Bill Hicks: "Cristianismo fundamentalista, fascinante. Eles pensam realmente que o mundo tem apenas 12,000 anos. Eu perguntei: "OK, e os fósseis dos Dinossauros?" Respondeu: "Fósseis de Dinossauro? Deus colocou-os lá para testar a nossa fé!" "Eu acho que o teu Deus te colocou aqui para testar a minha fé!"


"A religião Cristã é uma paródia à adoração do sol, onde colocaram um homem chamado Jesus Cristo em seu lugar, e começaram a entregar esse personagem a devoção que entregavam ao sol." (Thomas Paine - 1737/1809)


Jordan Maxwell: "Nós não queremos ser indelicados, mas temos que ser factuais. Não queremos magoar sentimentos, queremos ser academicamente corretos, naquilo que compreendemos e sabemos ser verdadeiro. O Cristianismo simplesmente não é baseado em verdades. Consideramos que o cristianismo foi apenas uma história romana, desenvolvida politicamente."


"A religião nunca poderá reformar a humanidade porque a religião é escravidão." (Robert G. Ingersoll - 1833-1899)


David Ray Griffin: "Um mito é uma falsa ideia que é amplamente seguida. No contexto religioso, opera como uma história que guia e mobiliza povos. O essencial não está na credibilidade da história mas sim na forma como funciona. Uma história não funciona se não tiver uma comunidade ou nação que acredite nela. Nunca será matéria de debate questionar a veracidade da história sagrada. Os guardiães dessa fé nunca participarão num debate com eles. Os questionadores serão ignorados, ou denunciados como hereges e blasfemos."


Porque vocês e 62 milhões de americanos estão me vendo neste momento? Porque menos de 3% de vocês lêem livros. Porque menos de 15% de vocês lêem jornais. A única verdade que conhecem é aquela que vem desta caixa. Existe uma geração inteira que não conhece nada que não tenha saído dessa caixa! Ela é a verdade absoluta, a última revelação. Ela pode construir ou destruir presidentes, papas, primeiros-ministros. É a força mais maravilhosa e poderosamente maldita deste mundo, e ai de nós se algum dia cair nas mãos erradas. E quando a maior empresa do mundo controlar a maior e mais perfeita máquina de propaganda criada, quem saberá que merda será tomada como verdade através da programação! Prestem atenção... prestem bem atenção. A Televisão não é a verdade. A Televisão é uma droga de um parque de diversões. É um circo, carnaval, uma parada de acrobacias, cantores, malabaristas, domadores de leões e jogadores de futebol. É a matança do aborrecimento. Mas vocês sentam lá, todo dia, toda noite, todas as idades, cores, credos. Nós somos tudo aquilo que vocês conhecem. Vocês começam a acreditar nas ilusões que pomos aqui, acreditam que esta caixa é a realidade e as suas vidas não são reais. Vocês fazem tudo o que a caixa lhes diz pra fazer. Vocês vestem-se como a caixa, comem como a caixa, criam as crianças como vêem na caixa e até pensam como os seres da caixa. Isto é alienação em massa, seus dementes! Vocês é que são reais, pensem!, nós somos a ilusão.


06/09/2008

mm12, corpos abertos

aceitaram-na. era sorridente e prestativa para com todos. demonstrava sempre o quanto era feliz. muito feliz. felicíssima.

mais micromitologias aqui.

02/09/2008

horário eleitoral da agressão gratuita


01/09/2008

outsider




A figura do outsider. Do cara que não se enquadra. Do sujeito que não faz questão de pertencer a nenhuma turma. O cara que no colégio sentava na última carteira, não falava com ninguém e ia embora sozinho. Havia algo de muito maneiro em figuras desse naipe.


Leia na íntegra aqui, por Mário Bortolotto.

31/08/2008

use a sua verve
brilhe como uma estrela
o que diferencia as pessoas é a vontade.

30/08/2008

voto nulo, deluxe edition




é mais facil dominar um corpo que só conhece um caminho.


ao governo cabe construir rodovias.

Uma nova verdade bem mentida.











Como é lindo não é verdade? esses últimos dias, os dias do renascimento, a era das trevas estão se dissipando novamente, e os novos senhores e senhoras da verdade estão chegando, sorrisos estampados de uma canto a outro em suas mandíbulas de hiena. Detalhe, ainda bem que são saqueadoras só na selva, outros animais dão um duro dando pra conseguir alimentos e ai elas chegam pra devorar.
Tapinhas nas costas promessas de deuses e como sempre Deus e usado pra atingir os coraçõeszinhos meigos e delicados fachada satânica que muitos adoram usar.
Fala doce e comprimentos represaria.
O velho e bom sabes com quem esta falando esta sempre presente e é claro o suborno politico, eu não sei quanto mais pra segurar bandeirinhas dos renascentistas eles vendem seus anos pra serem sucateados por esse bando de hienas filhas da putas, odeio certos animais, e falando em hiena e canguru to fora, adoro as cobras pois elas ou são venenosas ou são cobras. Afinal cobra é cobra .


29/08/2008

O Saco do Marsupial

eu vejo o futuro:
eu vejo programas.
eu vejo telas com escritas dizendo faça o que eu mando.
eu não só vejo e estou vivendo como um eterno marsupial.
Só que bem mais depedente dos dizeres.
eu vejo coisinhas cheias de razão por sua liberdade.
marsupiais insanos nem saíram da bouça.
vocês só criaram uma nova moda que dá lucro a alguém.
eu vejo gente pagando pelo consumo de cigarro dos outros, eu vejo os santos todos cheios de cigarros conssumidores na doença.
eu vejo um monte de leis fedendo dentro de sacos e ali fede o supremo, o supremo me comprimiu em uma pressão, mau consigo me retorcer neste saco. eu entrei outro dia no saco de uma marsupiail filho da puta que como uma adivinho mal ensacado me faz a seguinte pergunta.
quantos anos você tem? eu por educação obrigada que tenho respondi ao serzinho sufocado.
e o merda me fala tá na hora.
eu cheio de fúria já sabendo.
eu respondi a mim mesmo: esse marsupial fundido tá cheio de razão pra esse investimento falido.
e pra ele não me veio resposta eu juro.
odeio marsupial.
o saco de ser um marsupial é que além de esta dentro de uma bolsa vai pelo pulo.
não é pra entender mesmo.


28/08/2008

uma salva de palmas senhoras e senhores




uma salva de palmas senhoras e senhores,

para toda esta gente de gosta do "poder",

que estão aí para promover a "cidadania",

gente cujo ego grande manda na alma,

que querem brilhar como ouro,

que se preocupam com a imagem e com os louros,

que riem, mas não são felizes,

que abraçam, mas não são amigas,

que andam juntas, mas estão separadas,

senhoras e senhores, uma salva de palmas para todas estas cobras comendo o próprio rabo.

26/08/2008


24/08/2008

o corpo, por alberto lins caldas




O Corpo.

Mesmo que carreguemos agora uma idéia cotidiana de mudança, de história, de evolução, certos olhos enganam e fazem permanecer e justificar naturalizações. Nos é muito difícil aceitar uma historicidade radical (mesmo essa sendo uma “invenção” tipicamente ocidental), para nós a mudança é sempre em parte, podendo apenas se referir à aquilo que achamos que se modifica, pode ou deve se modificar (o aceitável da modificação e da historicidade).

O corpo, para nossa visão de mundo, agora “pode” se modificar em milhões de anos, mas nunca em décadas, em anos, em horas, e se modificar tão radicalmente que não seja mais sedutor, que nos pareça outro corpo (a não ser o corpo doente, o corpo mutilado). A modificação é sempre possível, sempre natural e lentamente. Ou melhor, é sempre a matéria do corpo que se modifica (o corpo como matéria terrestre) num tempo lento ou a moda sobre o corpo que vai e vem, nunca um corpo alienígena, um outro-corpo (a não ser o corpo teratológico) colado ao nosso, também nosso corpo.

E não nos referimos àquele corpo de outras culturas que fotografamos como aos animais, por curiosidade, por espírito científico, objetivamente, por prazer, e que trazem sempre a marca do extremamente outro, a experiência do opaco, do indizível, do incansável, que nada dizem a não ser enquanto momento de estranhice, como nas chapas de Edward S. Curtis de Apaches, Cheyennes, Sioux e outros fósseis de “nativos norte-americanos”: fotografados todos como animais ou com os olhos mortos de quem expressa uma coisa, principalmente por que esses corpos de “nativos” se recusam a falar, se recusam olhar, se recusam a participar e se tornarem um corpo estranho a si mesmo, se recusam a se tornarem imagem, a se tornarem públicas, a se tornarem movimento: são apenas manequins “vestidos de índio”: estão nas brechas da nossa concepção de tempo: antes dos nossos olhos e bem depois da nossa vivência: são seres de museu, fantoches de carnaval: é apenas a doxa que nos faz dizer a alteridade mas essa pretensa alteridade é somente a brecha de uma diferença, superfície de uma máscara, percepção de uma outra “fantasia”, de uma outra moda.

São corpos fechados, aqueles que não enfrentaram todas as tempestades da imagem e do movimento, todos os processos de exposição e do tornar-se público, que olham com desconfiança ou que se recusam a olhar, mantendo somente o olho aberto para o olho não sabido da câmara, que será o nosso. Esse corpo não se entrega, sorri, quando sorri (e o riso parece sempre falso, quase um esgar: de nojo?) apenas para os que estão fotografando e não para o futuro, para outro tempo, para outros que não estão ali. Não são corpos dispostos (indispostos?) e a disposição, se existe, é sempre forçada ou estranha; eles não se abrem ao fluxo do tempo, não esperam se ver no futuro nem que aquele momento presente, o momento da foto, se torne passado: são seres fora da história, seres fora da vivência daquilo que cria a idéia de história, o que faz com que ela exista para nós, seres coisificados, jogados num rio total. Para nós, seres da história, são falsos corpos esses que não se entregam ao tempo, não comungam com a entrega do olhar. Resistem com um orgulho que perdemos a muito tempo, uma altivez que já não sabemos reconhecer.

Os corpos abertos são corpos na história. Estão abertos como os corpos dos atores para as câmeras, conscientes da sua estampa pública, da sua permanência e da sua provisoriedade, cônscios da temporalidade tripartida e física da história: o tempo do trabalho marcando o corpo e a alma do corpo, a visão do corpo e o corpo da visão: o sorriso rindo para sempre, aos presentes e aos futuros, verdadeiro riso da e na história: todo fotografado de corpo aberto é um eterno Clark Gable no fluxo da luz, sem sombra, inteiro, todo dado, entregue. São os corpos depois da longa experiência da fotografia e do cinema, da exposição e vivência pública desse novo, ou melhor, desse outro corpo. É a diferença entre Robert Mapplethorpe ou Avedon e os nus do final do século XIX (nem mesmo as prostitutas nuas se entregam ao olhar, ao outro em outro tempo: são prostitutas apenas para os olhos do seu tempo, para os corpos do seu tempo: não são mulheres nuas: nem mesmo Sarah Bernhardt, nua ou vestida, consegue sair de sua pose amortalhada num tempo, estranhamente ainda fechada ao olhar projetivo do olhar fotográfico).

Os corpos fechados são corpos naturais, enquanto os corpos abertos são corpos da história: os naturais são históricos, relutam em se tornarem expostos e disponíveis, parecem velhos e estranhos, como se nossos avós estivessem nus, são outros corpos, mas esses não foram o nosso corpo anterior: eles nascem de uma ruptura, de uma mutação; os históricos são naturais, se entregam facilmente, são livres, são normais, são próximos: é o nosso corpo, corpo objetificado que não nos pertence mais: são corpos dos outros, corpos da imagem, do trabalho e do movimento, corpos públicos, corpos pornográficos por se exporem até a náusea: são presas do tempo.

O que era pornográfico ou erótico para os que olhavam esses corpos fechados, fotografados nus, para nós é somente estranheza: não se denunciam mais como pornografia: são frágeis, desprotegidos, são todos corpos de criança, se bem que o corpo nu das crianças, para os olhos do nosso corpo canibal, é somente mais um corpo, um corpo em miniatura, tão degustável quanto sua imagem aumentada, corpo que se vende e se mostra, demonstrando que já não há distinção real entre um corpo infantil e um corpo adulto: o corpo aberto conhece poucos limites e nem a idade nem a aparência são-lhe limites respeitados: fora dos corpos do poder o corpo aberto, corpo do poder por excelência, não reconhece horizonte que não possa ser incluído, degustado.
Nosso reconhecimento é dolorosamente genérico, saindo fora de toda determinação e proximidade. Aos nossos olhos esses corpos não se erotizam: são corpos, bocas, olhos, peitos, sexos, coxas, cabelos: mas esse genérico não é suficiente para chegar até a nós nem se dizer: ele não se singulariza nem se aproxima: não se torna nem familiar nem degustável: ele é de outro sabor: seu saber não nos sabe: é uma carne-não-cozida-para-nós: não sabemos devora-la, nem pelos olhos nem pelo corpo, pois não há sequer desejo ou desejo de devorar: não pede nossos líquidos: são corpos terrestres, somente outro corpo.

No entanto, o corpo aberto tende a aceitar o genérico como familiar, sem distinguir e sem ver corpos abertos ou fechados: a naturalização genérica do mundo do capital e o olhar naturalizado os torna iguais e desejáveis: nosso olhar pornográfico tornou-se onívoro: temos agora o mesmo olhar fálico que é necessário ter para conviver com um mundo de exclusivamente de objetos: devoramos tudo, desejamos tudo: na “rede tudo é peixe”: mas esse olhar onívoro ainda recua diante de certas imagens mesmo tendendo a incluí-las em sua órbita.

O corpo aberto não significa, ele não é ponte ligando nada nem sentindo necessidade de ligar, ele não sabe que precisa ligar para se tornar um corpo; não é encontro porque não dialoga, ele se apresenta, apresenta e permanece, tornando-se para o outro, com o tempo, cancerígeno e doloroso, antagonismo que grita sua indisposição de tanta disposição castrada: dois corpos abertos se devoram e se maltratam desde os olhos, desde o olhar; é uma disponibilidade que apenas instigada é que se normatiza e se diz: é corpo prostituído por fundamento e razão social, não consegue se definir ou se propor: ele apenas se coloca no mercado: para o outro corpo.
Universalizando essa indefinição não consegue ver senão a si mesmo. O corpo fechado sabia a quem se dar, como se dar, quando se dar e porque se dava; o corpo aberto não pressupõe alguém, normas, tempo, tradição: ele é de todos, sem normas, a qualquer hora e por nada. A disponibilidade e a auto-disposição desse corpo se vender no mercado é agora única na ocidentalidade: jamais nos dispomos tanto a nos vender e consumir dessa maneira.

Esse corpo não consegue sequer se decidir se é corpo puramente material ou se é ainda atravessado por sonhos: não aceita sua metafísica e no entanto vive a recordá-la: como sua integração social, auto apresentação e vivência são problemáticas (fazendo-se ao nível do objeto, da venda e do consumo, jamais ao nível da comunidade e do outro), é um shopping center ambulante: transparente, cheiroso, movimentado e profundamente falso: superfície de superfície: somente apresentação: armadilha de um desejo sem razão. Mas esse corpo aberto não é hegemônico nem exclusivo na ocidentalidade. Outros corpos convivem, nos atravessam os caminhos, resistem, dizem-se, proclamam-se.


23/08/2008

dimas forchetti


19/08/2008











playboyzada filha da puta dos inferno!

já foi o tempo em que haviam "jogadores de futebol". agora temos essa playboyzada imbecil, todos empregados das multinacionais européias do futebol - ronaldinho pagodinho, alexandre pato, a celebridade instantânea, que vem com namorada global de brinde e todo esse bando de bunda mole que está aí... e com o dunga somado. o último jogador de futebol brasileiro de verdade foi o ronaldo gordo na época em que jogava bola e ganhou copa do mundo. o resto é esse bando de comédia aí... SELEÇÃO COMÉDIA VAI PRA PUTA QUE OS PARIU!

17/08/2008

ai que raiva?
















sou um suco abstraído.
odeio ser suco abstraído.
adoraria ser uma suco de cevada.
só assim eu teria sempre belas pernas e belos traseiros fazendo comentário de mim.
mesmo se fazem no meu rotulo beba com moderação.
mais eu diria não é só eu que faço esse efeito não, tem coisa mais pesada por ai.
eu to tão tonto e partido como os patinhos na lagoa (PDT, PC, PC do B, PR, DEM, PMDB, PPS, PP, PSDB, PSB, PT, PSTU, PV, PTB, PT, PTN, PTC, PSTC, PSL, PSC, PSDC, PMN). COMO É LIDA A DEMOCRACIA PARTIDA NÃO É VERDADE.
ai meu! pouco me importa quem me consumisse.
bebam miseráveis que eu sou feliz mesmo na lei seca. essa água vai até vocês.
com seca ou não todo mundo tem que vota mesmo.
se tem uma coisa que eu gosto é água potável.
quem não gosta nê verdade.











Compre baton é tom bom.















algo sobre natural .
tão sobre natural que é muito mais que sul real.
algo que não se pode ver com mentes cansadas de produzir e consumir.
eu vejo gente morta vagando em TODOS OS TIPOS DE VENDAS.
SAIA DO SOFÁ ESSE É O PIOR CEMITÉRIO, TEM MUITA GENTE MORTA AI.

pelas ruas consumindo de tudo até o desnecessário.

meu filho grita a mãe desesperada mesmo com tantos remédios CONSUMIDOS TOMADOS PARA CONTROLAR SEUS curtos psicoticos. Já Lhe dei DVD, TELEVISÃO, CARRINHO DE CONTROLE REMOTO, TÉNIS IMPORTADO, E TANTAS E TANTAS OUTRAS COISAS E VOCÊ NÃO ME OBEDECE?
PELO MENOS ESTUDA PRA SER ALGUÉM.
O MENINO RIR REEEEEEEEEEE .
NÃO VOU MAIS COMPRAR NADA PRA VOCÊ.
E O MENINO GRITA DESESPERADO.
EU QUERO MEU COMPUTADOR COM BANDA LAGAR!!!
TELEFONISTA MAIS UMA VEZ:
MINHA SENHORA JÁ TEMOS VÁRIAS SOLICITAÇÕES SUAS E INFELIZMENTE A RESPOSTA É A MESMA PRA SUA LOCALIDADE NÃO TEMO S ADSL DISPONÍVEL.
SEM CONECTIVIDADE!!! RESPONDE CALMA A TELEFONISTA.
CONSULTE UM DICIONÁRIO PRA Você ter clareza dessa palavra obrigada.
e a telefonista diz, não senhora não é filho o significa Favor consultar o dicionário.
e deu sinal de desligaDOOOO...

15/08/2008

hakim bey, superando o turismo


Nos Velhos Dias o turismo não existia.
Ciganos, Tinkers(1) e outros nômades de verdade até hoje vagam por seus mundos à vontade, mas ninguém iria por isso pensar em chamá-los de "turistas".
O turismo é uma invenção do século 19 - um período da história que algumas vezes parece ter se alongado em uma duração não natural. De várias formas, nós ainda estamos vivendo no século 19. O turista procura Cultura porquê - no nosso mundo - a cultura desapareceu no bucho do Espetáculo, a cultura foi destruída e substituída por um shopping ou um talk-show - porquê a nossa educação é nada mais que a preparação para uma vida inteira de trabalho e consumo - porquê nós mesmos cessamos de criar. Embora os turistas pareçam estar fisicamente presentes na Natureza ou na Cultura, na verdade pode-se chamá-los de fantasmas assombrando ruínas, sem nenhuma presença corpórea. Eles não estão lá de verdade, mas sim movem-se por uma paisagem mental, uma abstração ("Natureza", "Cultura"), coletando imagens mais que experiência. Muito freqüentemente suas férias são passadas em meio à miséria de outras pessoas e até somam-se a essa miséria.

10/08/2008


aos amigos: até os melhores em alto ajuda me desculpem to sem um puto para compra uma fagulha de felicidade.
nem passe eu tenho pra ir ao centro e ir a pé é sem duvidada muito cansativo.
e olha que todas as semanas me são tiradas todas as força, eu que sou muito ansioso pra sair as vezes em finais de semana.

09/08/2008

lutar pela liberdade de dizer a verdade




alberto lins caldas é o nome do homem. finalmente encontrei um brasileiro fodão. como henry miller, como bukowsky, como artaud, como deleuze, como nietzsche, como hakim bey, como robert anton wilson, como timothy leary. mestre - escurecer e ver a luz.


abaixo o seu "liberdade de expressão" - meus queridos e minhas queridas, é pra copy and paste, imprimir e meditar. puta que o pariu é bom demais.


mais aqui: http://contra0brasil.blogspot.com/ , vejam o "liberdade de corpo" e caguem nas calças.




alberto lins caldas é o cara. definitivamente.


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liberdade de expressão


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incipit: parrhesia [pan= tudo/rima= dizer, o que é dito, o “tudo dizer”: “falar sem obstáculos”, fala franca, simples, direta, a “livre palavra”; liberdade e franqueza que transcendem as normas e leva a um “mais além” dialógico; o enfrentamento, “fala não farisaica”, “orgulho da língua livre”, a “fala sem amarras” dos “homens livres”; no catecismo católico quer dizer “simplicidade sem rodeios”, “confiança filial”, “jovial segurança”, “audácia humilde”, “certeza de ser amado”, coragem, confiança; faz parte das múltiplas manifestações da graça: relação com deus e com os homens, antecipação da salvação como alegria e humor, discernimento e coragem (a parrhesia propriamente), os dons do espírito santo; “liberdade de tomar a palavra” ou seja, na “assembléia do povo”, falar francamente]; parresiata [aquele que diz tudo, o que tem a coragem da verdade, o filósofo no sentido mais direto como aquele que interfere, se arisca, toca fundo nas feridas e não teme dizer sua dimensão; intelectual no sentido de atuação na comunidade; aquele que liberta e, nesse sentido, é um libertino].

a parrhesia é uma dimensão da coragem, daqueles que, por não serem senhores, dizem a verdade, se dão ao direito de tudo dizerem até mesmo com sua vida, com o risco da vida, que é a garantia da verdade, que jorra do seu exemplo, das suas escolhas vitais: dizer a verdade é conseqüência da vida em busca da verdade. a crença na verdade e a busca pela verdade é o mesmo que a verdade, a verdade como garantia vital, crença feita com a vida, como sócrates (o primeiro parresiata). ele dizia, através de platão (“a república”), que a “parrhesia é a causa de minha impopularidade”, e vivia e morreu em conformidade com a parrhesia, tornando ela a própria filosofia não somente como um dizer sobre o ser mais um dizer que tem a coragem de dizer, de se dizer ao dizer o mundo e os outros. a parresia ex-põe o ser.

na minha primeira juventude, quando comecei a ler filosofia em busca das minhas buscas, encontrei como todo leitor os livros de platão e seu personagem principal. com sua vida e morte o sentido das buscas se resumiram e se consolidaram numa só, que viria a chamar literatura em seu sentido estrito e afiado. sócrates vivia conforme, seu dizer e sua vida eram com aquela forma onde uma supõe a outra, sem as contradicções tradicionais. a verdade e a vida estavam na vida como exemplo integral. o seu “quem sou?”, “ao que me conformo?”, “que estou aceitando?”, “sou cúmplice do que?”, “como me libertar mais ainda?”, “sou condescendente?”, “que devo fazer nessa cidade e com os costumes dessa cidade?”, “dizendo isso serei amado ou ser amado é sem importância diante da verdade?”, “como libertar o outro das suas ilusões?”: crítica e autocrítica juntos, escolhas fundamentais. a verdade e o dizer a sua verdade sobre a corrente, apesar da corrente, arriscando a vida, a paz, os amigos e amores, a segurança e o respeito: a parrhesia exige isso, o risco em fazer a verdade se identificar com o risco vital: o parresiata é um toureiro e sua arte exige o risco de vida para ser exercida: sem o touro a tauromaquia seria somente uma dança de patetas: o risco diz a arte, diz a vida e a verdade: diz o dizer.

a parrhesia continua a ser fundamento para qualquer teoria, qualquer dis-curso que deseje dizer o mundo e, ao mesmo tempo, dizer aquele que diz, aquele que assume o dizer. e dizer a verdade é também dizer o falador e dizer todos em torno desse dizer e desse falador. a liberdade de expressão se torna cada vez mais espécie de “ultimo bastião” da liberdade social na onipresença da mercadoria. num mundo tal devemos e temos a obrigação ética de “interpelar” tudo e a todos sem amarras, sem medo das conseqüências, sobre o que fazem poderes e governos; o que dizem, o que permitem e o que proíbem; o que cercam e o que abrem; sobre o sentido de cada crença, cada palavra, cada ameaça travestida de “bons costumes”; inter-pelar a lei e os “senhores da lei”; inter-pelar os crentes e suas crenças, os “inocentes” e os “culpados”, as economias e as políticas (inquirir táticas e estratégias, perquirir expressões e ícones, sentidos e parábolas, anúncios e pré-núncios); inter-pelar o corpo e suas técnicas, suas mutações e perversões; inter-pelar as mídias e suas loucuras servis; inter-pelar as ações e as inações, as decisões e indecisões; inter-pelar os saberes, as imagens, as experiências, o senso comum e as filosofias, o desejo e o gozo; inter-pelar o interpelador inter-pelando as interpelações: somente assim posso começar a ser um “cidadão”: sem essa inter-pelação furiosa a cidadania é somente apêndice dos poderes mais crus e do poder mais frio e ignorante, daquilo que é exatamente contra a existência do cidadão e de toda possibilidade real de democracia (sem a parrhesia a própria lei é simulacro): a parrhesia é “perguntar sobre a verdade”, é clamar por ela quando se encontra tão travestida de realidade, de natureza, de crenças, de poderes e de saberes que ela mesma e todos nós já não nos sabemos senão o que o mundo do formigueiro deseja que percebamos: a parrhesia é quebrar esse espelho cruel: é chegar ao caos e sua incorporação viva pela práxis em forma de ordem, crença atividade.

sem a parrhesia a sociedade não conquista a cidadania e sem o parresiata ela não conquista a existência: só há cidadania se há parrhesia e só há cidadão com o aparecimento do parresiata: o resto é manada e pasto, estribaria da reprodução para servir aos mecanismos alienantes do trabalho.

só uma sociedade sorrateiramente autoritária (este horror maligno chamado brasil), que confunde lei e ordem com democracia; onde a mercadoria, as propiedades do senhor são intocáveis em sua forma de existência, pode ser contra a “liberdade de expressão” (considerada aqui aquela que vai além da permissão, além da lei, além das crenças, além do respeito, além do poder, além do costume e da individualidade intocável como “sujeito de contrato”). dizer contra a ordem, contra a norma, contra a forma porque essas são “palavras de ordem” militar, não pleno exercício de democracia ou liberdade. a grande razão do parresiata não é dizer o ser, não é lutar pela verdade (que muda o tempo inteiro ao sabor de todas as ondas), mas pelo dizer a verdade com a coragem e o risco da vida, a coragem de lutar pela liberdade de dizer a verdade.

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tenho me engajado a vida inteira na luta e na defesa da liberdade. aqui pretendo falar daquela liberdade que deve ser completa, total, absoluta: a de pensar, falar, imaginar e escrever definitivamente tudo sem que nada impeça, nada previna, nada proíba; nada censure, nada se interponha, nada reverta ou abale; nada torture ou aprisione. que tudo responda, mas que nada rasgue, queime, impossibilite, processe, violente, mude, refaça, esconda, ameace.

e pensar isso e assim nesse país infeliz (não que haja países felizes) que carrega o fascismo como corpo e alma, como história e memória, como cotidiano e crença, é pedir demais.

uma das loucuras aceitas como normalidade é o “delito de opinião”, que permite processar os que escrevem, como se isso fosse a maior conquista do mundo. em nome de todos os bons conceitos, das boas idéias, do reto caminho todos renunciam a liberdade, justificam a censura em todas as suas sutis formas, o corte, o processo, a perseguição, a imposição. outra é a “apologia ao crime”, como se defender qualquer forma de crime, de delito, de horror reproduzisse magicamente esse horror, como se fossem todos imbecis que não podem nem conseguem discernir nada. e quem “omite opinião” é processado, preso e perseguido, e isso não é visto como o maior dos horrores, uma brutalidade.

nada, absolutamente nada do que é ou pode ou já foi escrito é mais abominável que as ações contra o escrito, o pensado, o desejado, o dito, o visto. tudo, absolutamente tudo, pode e deve ser dito, ser escrito, ser transformado em imagem, em som, em algo manipulável. nossa função é defender essa forma absoluta de liberdade e a sua também absoluta resposta e lutar contra o abominável que foi escrito, pensado, falado, filmado, mas jamais proibir. a luta se faz entre as escritas, entre falas sem proibir nenhuma delas e possibilitando a todas elas a igualdade de condições e de divulgação.

defender, propagar, expor todas as formas de exploração como se fizesse o bem, os apartáides, todos os nazismos, todas as formas de terrorismo, a pedofilia, a proibição de livros e idéias, as chacinas, os massacres, as perseguições, as torturas, as humilhações, as intervenções, as desproteções, as dormências, os conformismos, os genocídios, as repressão, o terror, os racismos, as homofobias, os machismos: - são absolutamente detestáveis, ridículas e monstruosas, mas devem ter o direito de serem ditos. como ações e palavras não são iguais, devem ser combatidas enquanto idéias e enquanto ações por poderes e forças diferentes. palavras contra palavras, ações contra ações. não se pune um pedófilo por ser pedófilo em idéias, em propagar a pedofilia, mas por ser pedófilo, por praticar de alguma maneira a pedofilia: numa dimensão ele deve ser absolutamente livre, na outra a lei cuida dele, a “comunidade” põe sua existência em cheque. que suas idéias são monstruosas ou não, a decisão cabe ao leitor, ao ouvinte, ao telespectador, ao cidadão, não a lei ou ao estado. ou o monstro seremos nós os que destruímos suas palavras e seu direito inalienável de dizer. por eles serem monstros não serei também censurando por aquilo que me faz diferente deles e eticamente capaz de lutar contra eles. luto contra eles, e devemos lutar sempre contra eles, mas devemos também e com o mesmo ardor defender seu direito de dizer e o pleno direito dos “leitores” discernirem, escolherem, usando sua vida e sua consciência plenamente, sem que algo externo diga o que deve ouvir ou não ouvir, ler ou não ler, ver ou não ver, escolher ou não escolher: devo ser livre para escolher ou não o abominável, sem que ele seja retirado violentamente dos meus sentidos, do meu corpo, da minha consciência, da minha convivência como se fossemos “débeis mentais”, “escravos” ou “crianças”: eu devo escolher, eu posso escolher, eu luto para escolher, eu sou escolha. não pode ser a polícia, o exército, a tradição, o mercado, a mídia, os intelectuais, o partido, o bom gosto, o bom tom, a justiça, o estado, o síndico, o sacerdote, o prefeito, o censor, o professor, o pai: precisamos aprender a conviver com a diferença e com a liberdade que essa diferença exige. a tolerância absoluta é ao “escrito” (ficção de convicção), jamais ao intolerável que, se exercendo, destrói essa liberdade e outras que são essenciais.

tudo dizer, tudo escrever, tudo ouvir, tudo ver, tudo escrever, tudo ouvir, tudo pensar tem como correlato a luta obsessiva contra as múltiplas barbáries que transformam tudo em mercadoria, em cinzas ou numa perversa violência sem fim. nada pode ser íntegro, intocável; nada deve sair ileso; nada é sagrado, nada é puro; nenhuma idéia, nenhum nome, nenhuma relação, nenhuma crença, nenhuma noção, nenhum deus, nenhuma gramática, nenhum costume, nenhum corpo, nenhuma cor, nenhuma memória, nenhum desejo, nada pode escapar ao ridículo, à crítica, ao escracho, ao escárnio, a dissolução, ao direito de ser exposto, comparado, diminuído, posto na sua devida estatura.

o que não resiste, não se agüenta, o que chama a polícia, a justiça, os amigos, os capangas, o exército é porque não vale a pena. se valesse a pena responderia a altura, lutaria com as mesmas armas, sem impor sua evidência de poder sem contestação, sua evidência monstruosa. como clama os poderes se esvazia de valor, de verdade, comungando com tudo aquilo que impõe sombras, violência e mercadoria como horizonte único.

a liberdade de expressão é o espírito vivo da palavra, do diálogo, da linguagem, da comunicação, da possibilidade viva de convivência e superação, mas não quer dizer aceitação, aprovação, chancela de tudo. é exatamente por viver a diferença que posso e devo aceitar plenamente a “apologia ao crime” e lutar veementemente contra o crime, que não foi criado nem se difunde pela “apologia”: punir a "apologia ao crime" é maior e mais danoso que qualquer crime: é o crime fundamental.

a liberdade de expressão devolve ou recria na linguagem sua dimensão humana, seu poder poético, sua missão política e revigora ela enquanto aquilo que gera e mantém o próprio real. não é a toa que no brasil a palavra sempre teve donos, sempre foi vigiada, sempre fez parte de sistemas de permissão e proibição, sempre foi propriedade privada, sempre foi fazenda e fábrica, sempre se colou à moral, à imagem, aos bons costumes, à pessoa: sem a garantia da palavra, sem a palavra garantida e protegida, grande parte das crenças estúpidas e fascistas dos brasileiros se desmoraliza e sua situação de dependência aparece.

entre os brasileiros a palavra deve, precisa inapelavelmente ser tutelada, protegida, abrigada, brindada; o indivíduo não pode estar só diante da tempestade do dizer: é preciso chamar o rei, a lei, todas as formas de poder para proteger ele da parrhesia dos trágicos cínicos, a liberdade de linguagem, a liberdade de falar francamente a sua verdade sem mediações permitidoras ou censoras. o dizer numa dimensão ética plena e, nessa dimensão, ser defendida não somente pelos indivíduos, mas pela própria polis enquanto condição democrática de sua existência.

essa palavra tutelada dos brasileiros torna eles eternamente infantis, recorrendo sempre ao papai quando sua imagem é atingida, quando sua vida é exposta, quando sua moral é danificada: são incapazes de dizer de volta e na medida, incapazes de rejeitar a palavra sem o apoio do rei ou da lei: são castrados ao castrarem com a lei e com o rei. ao não enfrentarem as tempestades das palavras além de se tornarem fracos, fortalecem as tempestades viciadas, os nazismos e todas as formas monstruosas das palavras. ao buscarem a verdade com a força se enfraquecem e a verdade e o direito somem. todos são "senhores de engenho", intocáveis em sua imagem, sua moral e história: o senhor ainda está colado nas costas do brasileiro até quando ele pensa "defender os seus direitos".