01/08/2008

caminhava a noite



caminhava a noite. o vento frio do mar, a escuridão ponteada por algumas estrelas. não procurava a parte calçadão-praia-shopping, prefiria o lado escuro, o lado perigoso.


ia como um tanque, em transe com o tempo - uma fera podre e assimétrica. não era sua força que temiam - era sua autodestrutividade que os assombrava.


passou em frente à um prédio, uma mulher o olhava da janela: olhou em sua direção, mostrando os dentes e rangindo como uma besta da escuridão. virou o rosto novamente para a frente, fitando o grande nada em seu horizonte e seguiu adiante.