30/10/2009

31/10/09



I want to tell you a story
'Bout a little man if I can.
A gnome named Grimble Gromble.
And little gnomes stay in their homes,
Eating, sleeping, drinking their wine.
He wore a scarlet tunic,
A blue-green hood, it looked quite good.
He had a big adventure
Amidst the grass, fresh air at last.

Wining, dining, biding his time...
And then one day...
Hooray, another way for gnomes to say

Ooh my...
Look at the sky, look at the river.
Isn't it good?
Look at the sky, look at the river.
Isn't it good?

Winding, finding places to go.
And then one dayHooray,
another way for gnomes to say

Ooh my ooh my...









"Demons teach, instruct, and inspire men; there never was a man of outstanding stature in any art or action who had no familiar spirit to guide him."
— Paracelsus

29/10/2009


18/10/2009

Demônios, ou Notas para uma Teoria Geral do Black Metal



Intro:

Lavagem Cerebral - O fator fundamental para o sucesso da lavagem cerebral é criar um ambiente de controle de pensamento num mundo que se divide binariamente entre "nós" e "eles".






Demônios:

Nem sempre podemos tomar este esquema de "lavagem cerebral" como algo explicitamente intencional. Não que não possam existir intenções explícitas de lavagem cerebral, o que aliás acreditamos como reais, mas o que nos parece oportuno destacar aqui é que este processo, esta operatividade pode se dar como uma maquinaria com sentimentos, idéias e propósitos maiores.

Primeiramente, o esquema dentro-fora / verdade-mentira / segurança-caos / nós-eles parece ser um mecanismo observável em inúmeras situações. Da busca rebanhesca pela segurança psicológica aos consensos científicos, existe a formulação de uma espécie de acordo operatório que torna a existência algo suportável. Referência inevitável à verdade como mentira em rebanho em Nietzsche da Verdade e Mentira no Sentido Extra-Moral. Não interessa a verdade ou mentira, nos parece que o importante aqui é o cimento do afeto que consolida tal relação - a manada precisa sentir pertencimento: precisa de sorrisos, abraços, cumprimentos, olhares aprovadores, precisa deste bem-estar social do estar de acordo. Não interessa o propósito, a fundo não, não interessa para onde estão indo, precisam estar confortáveis, afetuosos, seguros psicologicamente. Daí muitos realmente precisarem de alguém que lhes conduza, a vida é algo enorme diante deles: precisam de um pastor, um presidente, uma esposa, a loteria, o galã da novela, o livro de auto-ajuda, a roupa da moda, o emprego, o carro novo, a cocaína, a balada, a verdade verdadeira.







Tudo, menos estar a sós consigo. Tudo, menos o silêncio intolerável que vem do contato do teu corpo com o universo. O ruído da manada te dopa e repele o teu principal medo: o de tomares as rédeas de tua própria existência. Medo de sofreres, de sangrares, de te abandonares ao teu próprio heroísmo. Inventas e reinventas afetos, grupos e sintomas para fugires de ti mesmo. Inventas um deus, destróis todos os ruídos que possam te lembrar que ele é uma invenção: inquisições, panfletos, programas de TV, minutos de ódio. Não experimentas deus, ou o mistério ou o maravilhoso, que seja. Medias. Precisas de mediações - o quanto mais simples possíveis - simplórias o suficiente para que possas discerní-las. Buscas o abraço, choras no ombro, confessas teus pecados. Milhares de medrosos inventam a segurança. Querem que os medos parem de pulsar - criam verdades blindadas. Mas os medos seguem pulsando, demônios que são, seres etéreos a gritarem a multiplicidade caótica que habita este planeta. Demônios todos com seus silêncios e sutilezas - são as mentiras das tuas verdades. Demônios maliciosos das tuas certezas. Crueldades de teus afetos. Monstros noturnos que te habitam - a multiplicidade caótica que povoa a Terra, a Natureza que não para de pulsar, a tua sorte à qual estás entregue, monstro demoníaco do qual não escapas. Satã, príncipe deste mundo.


Ser um demônio:



Singrar a escuridão silenciosa da deriva. Estar de fora.

10/10/2009

antepasto à teoria geral do black metal